sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

no útero da palavra



é no útero da palavra
que me encontras
dolorosa  como as vagas
onde o mar se encolhe até ao centro de si
letra a letra inundo a noite
até  que regresse a manhã
ourada nos planaltos –
partitura de nossos olhos
fortaleza  de rosa búlgara
a  alma

& esta tarde ansiosa  fermentando o pensamento
& tu iluminação  
de instante a instante
por este acaso das horas
que abraça o mundo

tu
a única voz de luz que ameniza   o tempo
desta bastarda distância
de nós



 Pintura e Poema  de Maria Andersen

Sem comentários:

Enviar um comentário