gatos folhas deitados no dia
tardes abertas para dentro
ópio do tempo
no esmero das cidades invadidas
bancos de solidão à sombra
chuva de humanidade a remendar palavras
noite que o poema aquece entre as mãos
olhos guardados na fimbria de uma qualquer flor
maria andersen
Em cada um de nós há dois seres. Os dois coexistem em nós, o do estado prosaico e o do estado poético. Ambos constituem o que somos.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
atravesso vozes como ruas

tenho vinho de rosas à porta
damascos maduros
quase gente
nuvens discípulas como casas
no fundo dos meus olhos
atravesso vozes como ruas
palavras como bosques inóspitos
e sentidos que invoco grávidos
como mães
de crianças ao colo
maria andersen
Subscrever:
Mensagens (Atom)