partir por entre as horas a caminho de qualquer coisa e
ficar
há uma legenda ao canto, um sono casual, uma boca fechada e
divagando à meia folha
em que escrevo – se olho vejo à janela o que existe junto ao
lume
assim eu dou música aos cantos e tu danças na estrada branca
sobre uma batalha de gestos
os dias nunca foram iguais
- criamos neles tambores febris,
parques onde os plátanos
se afundam até às
águas e outras pequenas distrações quotidianas -
andas descalço nas palavras neste meio tempo das letras e
tens nas mãos labirintos que te cabem nos olhos e entre nós dá-se a mesma
intranquilidade bíblica.
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