sábado, 28 de janeiro de 2012

eu sou o solitário nome




impulso de ser flor
de ser cereja madura
de ser água e brisa 
e sombra a que te abrigas -
fogo do peito que em mim alastra
desassossego desta hora 
o tempo que não tenho
a boca que mordo por dentro
neste sussurro do silêncio 
e o teu rosto como relâmpago
jóia de delírio que me consome
 
eu sou o solitário nome
o solitário corpo que se divide
esquecido de mim
as horas que  se adensam 
a espera que me fustiga de saudade
e este pulsar do tempo
e eu  deserto e oásis 
rebelde e clandestina
a corda desatada do violino
a brancura das folhas 
em que me deito e me afundo
e este tempo todo em que me escrevo


maria andersen

1 comentário:

  1. Fernanda Cardoso
    Gostei muito do que li neste blog, decertto que o visitarei muito mais vezes, a sensibilidade nas palavras, e a forma harmoniosa com que as escreve, são um incentivo para voltar.
    Muitos Parabéns Maria Andersen! voltarei ....

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