quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Poemato

Vou descendo pelo vestígio da casa
& assim aproo nos confins do verbo

ah    como corta e sangra

essa nudez 

eu

só a sós em ti
onde o tempo passa & eu fico

assim me despojo & concentro
no declive do verso

na lamina afiada da vida

nesse novelo em que desfio o tempo e a mim


mas

não me  peçam palavras avulso
nem   regra de prumo e de estilo
para fechar em alta o poema
só já aspiro a saber dividir-me a mim

em espanto          & canto           & contemplações

 
     Fotografia e poema de Maria Andersen

2 comentários:

  1. não me peçam palavras avulso
    nem regra de prumo e de estilo
    para fechar em alta o poema
    só já aspiro a saber dividir-me a mim

    em espanto & canto & contemplações...

    ...espanto Maria... de espanto e encanto, canto teus versos...

    ...assim aproo nos confins...

    como corta e sangra essa nudez

    eu... só a sós em ti
    onde o tempo passa & eu fico.

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  2. onde o tempo passa e nós......

    ficamos...!
    ficamos, ficamos.........

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